sexta-feira, 1 de junho de 2012

OS NORDESTINOS


Vindos de todos os estados do nordeste a procura de melhoria de vida, deixavam seus parentes, entravam na selva amazônica e alguns nunca mais voltavam a sua terra natal. Outros vinham como soldados da borracha.  O Ministério da Guerra que realizou o chamamento, recrutamento, treinamento e encaminhamento de milhares de nordestinos para os seringais da Amazônia no ano de 1942, no aclamado esforço de guerra brasileiro que tinha a finalidade de enviar a borracha extraída pelos seringueiros à máquina de guerra dos E.U.A. Esses combatentes nunca receberam seus salários. Uma grande parte desses soldados da Borracha morreram no campo de batalha, tendo contra eles a malária, na época conhecida com paludismo (existem quatro tipos de paludismo humano—Plasmodium vivax, P. malariae, P. ovale e P falciparum. As formas P. vivax e P. falciparum são as mais correntes, sendo a P. falciparum o tipo de infecção palúdica mais fatal. O paludismo por P. falciparum é o mais frequente na África a sul do Sara, sendo responsável em grande parte pela extremamente alta mortalidade nesta região) ceifou a vida de muitos deles. Outros foram devorados pelas feras, como: Onça pintada, onça preta (jaguatirica)onça vermelha, canguçú da mão torta. As serpentes venenosas, como: papagaia, periquita boia, pico de jaca, jararaca açú, salamandra, caninana e muitas outras mais. Sem falar de alguns patrões (coronéis), que vendiam tão caro seus produtos que os seringueiros não conseguiam pagar o que compravam e sempre ficavam presos pelas dívidas. Outros patrões quando um seringueiro tirava saldo, pagava e mandava o capanga (jagunço) (pistoleiro) o matar pegar o dinheiro de volta e jogar o corpo nos grutiõs (terra alta com um vale em baixo coberto pela vegetação), eram comidos pelos urubus. Os decentes dos coronéis que agiam dessa forma, se envergonham de seus antepassados.

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